Sara Ferreira

Sara Ferreira é psicóloga, psicoterapeuta, com formações especializadas na área da Psicologia Clínica e da Saúde e Psicologia Comunitária, sendo actualmente também autora e co-autora em diversas publicações técnicas e científicas de renome, assim como portais de referência na área da Psicologia, desenvolvimento pessoal, saúde e bem-estar. Membro Efectivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Licenciada em Psicologia Aplicada pelo ISPA – Instituto Superior de Psicologia Aplicada, com experiência curricular e profissional no acompanhamento psicológico de utentes (ambulatório e consultas externas) na Unidade de Psicologia do Hospital de Santa Marta em Lisboa, exercendo actualmente a sua prática clínica maioritariamente em contexto privado. Colaborou como psicóloga na Direcção de Serviços de Psiquiatria e Saúde Mental da Direcção-Geral da Saúde, e em diversos projectos da Comissão Europeia, nomeadamente nas redes EAAD – European Alliance Against Depression e IMHPA – Implementing Mental Health Promotion Action, tendo também colaborado na preparação e edição do Programa Nacional de Luta Contra a Depressão, no contexto de programas prioritários do Plano Nacional de Saúde 2004-2010. Colaborou no Grupo de Coordenação da Saúde, no contexto da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, tendo também desempenhado funções de investigadora em diversos projectos de investigação e grupos de trabalho nacionais e internacionais sobre boas práticas em saúde mental e na área da Psicologia da Saúde, nomeadamente, a European Health Psychology Society.

  • Como resolver problemas (aparentemente) sem solução?

    Como resolver problemas (aparentemente) sem solução?

    Responda-me com sinceridade: você já passou por um problema no qual não conseguia pensar positivamente sobre as possíveis soluções? Na realidade, a hipótese de existir uma solução para aquele problema era tão remota que você só conseguia observar os impactos negativos do que havia acontecido? Este bloqueio na criação de soluções ocorre de forma natural, pois quanto mais pensamos e ruminamos sobre o problema que enfrentamos e todas as dificuldades para resolvê-lo criamos um padrão de pensamento negativo. Assim, fica mais difícil para o nosso cérebro quebrar este padrão e alterar para um modelo de pensamento voltado à solução do problema. ler artigo

  • O que é que você faz com aquilo que sente?

    O que é que você faz com aquilo que sente?

    No dia de ontem alguém falava comigo sobre o medo, e eu tenho certeza de que você experimentou algum tipo de desconforto ao pensar sobre eles ou, eventualmente, se eu agora lhe pedisse para escrevê-los no papel (não o farei, pode ficar descansado(a)...!).  Todos nós fomos criados a aprender que existiam emoções "boas" e "más". Sentimentos que fariam de nós pessoas boas e sentimentos que nos desabonariam e nos colocariam numa categoria de não-merecimento de amor, reconhecimento e admiração dos outros. Termos aprendido que existem coisas que podemos sentir e coisas que não deveríamos sentir nunca criou a maior confusão no modo como lidamos com os nossos sentimentos e a nossa vida emocional. A verdade que ninguém lhe disse é que não existem propriamente emoções positivas ou negativas. ler artigo

  • Livre-se do perigo de confundir um psicólogo com um "amigo"

    Livre-se do perigo de confundir um psicólogo com um "amigo"

    Confesso que sinto o peito a rachar sempre que percebo que, em pleno séc. XXI, ainda existem muitas crenças equivocadas sobre a psicologia, e muitas pessoas ainda têm preconceitos em relação aos cuidados do psicólogo, às suas práticas (sendo uma delas, a psicoterapia), ao papel do psicólogo e à própria natureza da relação terapêutica entre o profissional e o seu paciente. Seja eu realmente paciente! ;) Pois se a psicologia figura no imaginário das pessoas de muitas maneiras, cabe, justamente a nós, psicólogos, desmistificar muitas coisas que ficam a meio do caminho e que podem gerar alguns constrangimentos ou outras tantas confusões na cabeça das pessoas. Eis o bê-á-bá básico (mas ainda ignorado por muitos) sobre, afinal, o que faz um psicólogo! ler artigo

  • Labirintos, minotauros e onde estou ´eu´ no meio disso?

    Labirintos, minotauros e onde estou ´eu´ no meio disso?

    O cérebro humano pode ser considerado como um verdadeiro “labirinto”. Um labirinto nada mais é do que uma complicada e intrincada construção cheia de corredores estreitos com paredes altas. Há diversos caminhos que podem ser percorridos nesses corredores, os quais muitos não têm saída ou simplesmente fazem andar em círculos. Esta metáfora do “labirinto” mostra-nos que o Homem que se desconhece a si mesmo, e que não sabe como gerir da melhor forma os seus recursos mentais e emocionais, estará sempre à mercê de do que lhe “acontece”, vivendo essencialmente na defensiva ou apenas em “reacção” ao que ocorre dentro ou fora de si mesmo. Ter mais controlo sobre a mente é uma das tarefas mais complicadas de realizar, pois para isso é necessário desenvolver o auto-conhecimento. Esclarecer as partes em nós que não vemos ou não queremos ver. Aquelas que negamos ou que tentamos esconder de nós mesmos mas que invariavelmente ali estão… a exercer a sua influência nas nossas vidas do dia-a-dia… Todas as pessoas querem dominar o seu próprio “minotauro”. E descobrir o caminho dentro do seu labirinto para o Centro do seu ser. ler artigo

  • Tem-te bem

    Tem-te bem

    ´Ter-se bem´ ou tratar-se em conformidade, ser gentil consigo mesmo à primeira vista parece ser muito simples, de tão óbvia a sua importância para o curso das nossas vidas. Porém, mesmo sendo uma atitude tão determinante para o bem-estar e para a saúde em geral, é ainda uma tarefa para muitas pessoas difícil de praticar. Tratar-se bem, ter-se bem, ser gentil e compassivo consigo mesmo, antes sequer de ser uma acão, é uma atitude que pode decidir a sua vida. ler artigo

  • A seu favor ou contra si?

    A seu favor ou contra si?

    Que é o mesmo que perguntar: você é realmente amiga ou amigo de si? :) Talvez sim, talvez ´nim´… Já todos ouvimos dizer que a felicidade não existe, que o que existem são apenas momentos felizes. Mas como será possível que algo tão grandioso como a felicidade consista apenas em ´momentos´, ou coisas tão transitórias? Uma coisa é estar alegre ou contente e, sim, isso é passageiro. Mas estar feliz é eterno e depende de duas ou três coisas essenciais. E todas elas, dê por onde der, têm sempre a ver com uma única coisa: você mesmo. ler artigo

  • Feelings…?

    Feelings…?

    O que fazer naqueles meses do ano em que o dito cujo, o Sol, parece querer tirar uns dias para si e largar-se a um certo retiro? ;) Já algumas vezes, por aqui, vos descrevemos a forma como o nosso corpo e o nosso ´espírito´ literalmente necessitam da ´sunshine vitamin´ (a vitamina D) para viver. Extraímo-la do Sol, sendo que na sua ausência há algumas actividades ou emoções que estimulam a sua produção pelo próprio organismo (através do exercício físico, por exemplo). Não sendo um químico que fabriquemos ´espontaneamente´ no nosso corpo, nos dias soalheiros ou de chuva é fundamental procurarmos de alguma maneira vias quotidianas de a ´recolocar´. ler artigo

  • Acordar para a vida

    Acordar para a vida

    Acordar é como o sol nascente. No início tudo parece ser muito escuro, como vislumbres de consciência que começam a iluminar as sombras. Durante estes primeiros minutos, a mente e o cérebro estão muito receptivos à influência. Assim sendo, precisamente nestes momentos delicados e encantadores dos primeiros ‘sopros’ da manhã, porque não influenciar positivamente a sua mente (e a si mesmo)? ler artigo

  • O corpo é que paga

    O corpo é que paga

    Normalmente, quando sentimos alguma dor, seja ela qual for, a última coisa em que pensamos é que ela possa ser uma mensagem directa no nosso organismo. Ou se preferirem, um aviso do nosso corpo alertando-nos que em alguma área da nossa vida algo deveria melhorar. Existem situações na vida com as quais vivemos, ou aprendemos a viver. Porém não deixam de ser situações que nos incomodam, que (no fundo, bem lá no “fundo”) não resolvemos. A convivência com tais situações, mais tarde ou mais cedo, vai alterando o estado emocional e fisiológico de uma pessoa e essas alterações vão, pouco a pouco, reflectindo-se no nosso estado psicológico, apresentando sintomas de variada ordem. ler artigo

  • A criança de dentro

    A criança de dentro

    Se ainda não se deu conta disso, avisamos-lhe que tem dentro de si uma criança… Calma! Mesmo não estando «de esperanças», sendo mulher ou sendo homem, é bom que saiba que internamente habita uma criança… dentro de si. Sim, todos a temos mas poucos são os que não a abandonaram ou a rejeitam. ler artigo

  • Isso dói?

    Isso dói?

    Hoje é claro para os cientistas que o cérebro e o corpo constituem um organismo indissociável. Formam um conjunto integrado por meio de circuitos reguladores bioquímicos e neurológicos mutuamente interativos. Comecemos então por unir aquilo que, durante muito tempo, esteve (artificialmente) separado: Corpo e Mente. Façamos esta clarificação: Não existe «só» a dor da Mente. Ou «só» a dor do corpo. ler artigo

  • Stress, stress… será o nosso GPS?

    Stress, stress… será o nosso GPS?

    Sabem o que é a ansiedade? E a depressão? Estas podem parecer perguntas tontas, nos dias que correm, numa altura em que todos parecem saber tratarem-se de doenças mentais. ler artigo

  • O espectáculo do corpo

    O espectáculo do corpo

    Segundo António Damásio, célebre professor e neurocientista, o nosso corpo está cartografado no nosso cérebro. Hein? Pois é. Isto quer dizer que a um nível mais profundo a maior parte das alterações que ocorrem no nosso organismo são lidas pelo nosso cérebro e este constrói uma ´representação mental´ do que está a acontecer. ler artigo

  • Máquinas da natureza

    Máquinas da natureza

    Você já se deve ter apercebido como na maioria das vezes os nossos pensamentos pura e simplesmente ´nascem´ nas nossas cabeças. Sem qualquer ordem nossa. Por outro lado, o cérebro faz aquilo a está ´acostumado´. Por exemplo, se estimularmos certas áreas ou partes (como por exemplo a área da linguagem, do movimento, da audição, da visão, etc.) moldamos o nosso cérebro para um melhor desempenho nas mesmas, dando-lhes as bases para naturalmente ele saber activar umas e inibir outras. O cérebro é uma máquina natural totalmente programável. Não no mau sentido. Com jeitinho´´ podemos usar essa particularidade a nosso favor. Por exemplo, controlar certos ´acontecimentos´ mentais poderá ser uma grande chave para você começar a fazer coisas que não fazia (ou achava não saber fazer) antes. Ou então, não se desgastar tanto emocionalmente ou sentir negativamente determinadas coisas. ler artigo

  • A qualidade (de)vida

    A qualidade (de)vida

    A saúde é um direito fundamental. Ela é amplamente reconhecida como o maior e o melhor recurso para o desenvolvimento social, económico e pessoal. Como se isto não bastasse, é ainda assim considerada como uma das mais importantes dimensões da qualidade de vida. Porém, existe um grande paradoxo que se nos coloca nos tempos que correm… ler artigo

  • Espelho meu, espelho meu... (haverá melhor reflexo do que eu?)

    Espelho meu, espelho meu... (haverá melhor reflexo do que eu?)

    Esta vida é pura magia. Revela-nos sempre as pistas e os sinais que nos ajudam a tornar mais conscientes, mais sencientes. Mais aptos a detetar o que não estávamos a conseguir ver. Para quê?! Para nos permitir (se nos permitirmos) a viver de forma mais fluida, despertar dentro de uma certa ´ordem´ invisível que muitas vezes o caos encerra. Já lá dizia o outro senhor… basta saber ´ler´ os seus sinais… ;) Quando damos por nós a saber descodificar estes significados dos sinais, a sensação é maravilhosa! E estes sinais podem surgir a partir das mais diversas formas. Seja pelo corpo, pela mente, nos relacionamentos pessoais ou até através dos filhos, da natureza e animais de estimação! ler artigo

  • Escravos das emoções?

    Escravos das emoções?

    Todas as emoções foram mantidas durante a evolução por um bom motivo. O medo, por exemplo, é disparado quando há perigo para a nossa sobrevivência. Sem as emoções poderíamos cometer erros de avaliação e até colocar-nos em risco de morte. Apesar disto, e para evitarmos perdas ou lamentações a longo prazo, devemos sempre ter em atenção a forma como interpretamos os factos, assim que percebermos “emocional” e imediatamente uma situação como sendo negativa. O nosso corpo entende a realidade da nossa mente. ler artigo